Hoje trazemos aqui no blog uma entrevista com equipe da Seleção Brasileira masculino de Kata JKA que no mês de agosto desse ano conquistou um excelente resultado para nosso país: BEST EIGHT NO MUNDIAL DA IRLANDA 2017.
No decorrer da entrevista podemos conhecer um pouco mais sobre eles que representaram nosso pais em um mundial de altíssimo nível técnico, e saber mais sobre os planos para o futuro, projetando ainda mais conquistas para o futuro.
Foram feitas 6 perguntas, para sabermos desde a fase preparatória até as finais da competição. Sem mais delongas vamos as apresentações:
PRINCIPAIS CONQUISTAS POR EQUIPE NOS ÚLTIMOS ANOS:
Best Eight -Mundial JKA 2017
Hepta -Campeões Brasileiros JKA
Campeões Sulamericanos JKA
Penta-Campeões Paulistas JKA
Bi-Campeões dos Jogos Regionais (WKF)
ATLETAS:
RODRIGO ALVES ARITA - 3° Dan JKA /JP , 3° Dan ITKF
Formado em Educação Física (licenciado e Bacharel), Pós Graduado em Preparação Física e Treinamento Desportivo, Professor de Karatê, Preparador Físico de karatê e Taekwondo, trabalha integralmente com karatê há mais de 10 anos, atleta desde 1998. Iniciou o caminho das artes marciais no Judô em 1992, e posteriormente migrou para o karatê-Do.
ANDREW RAMOS MARQUES - 3° Dan JKA, 2° Dan ITKF
Formado em Educação Física (licenciatura e Bacharel), Pós Graduando em Acupuntura, professor de karatê, trabalha integralmente com karatê há mais de 10 anos. Atleta desde 1996.
MARCEL APOLONIO RAIMO -3° Dan JKA - 2° Dan ITKF
Professor de karatê, atleta e empresário, divide sua rotina com aulas de karatê e seu comércio. É atleta desde 1997 e praticante desde 1992.
E seguimos com a nossa entrevista...
Equipe: Nossa preparação começou após o mundial de 2014 no Japão, onde percebemos o “quão” difícil e competitivo é um mundial da JKA, neste referido mundial não conseguimos passar das eliminatórias. O ano seguinte já com objetivos mais concretos e treinos mais acentuados, nos sagramos Campeões Sulamericanos, desbancando na final a forte seleção Argentina. E o resultado dos treinamentos se concretizaram após a conquista do Hepta Campeonato Brasileiro deste ano em Goiás. Viajamos prontos para fazer história neste mundial da Irlanda.
Jefferson: Qual o sentimento de representar o Brasil fora do país e quais as maiores dificuldades encontradas?
Equipe: O sentimento é indescritível, pois é uma responsabilidade muito grande levar o nome do karatê do Brasil mundo à fora. Mais fazemos isso com muito orgulho e satisfação.
As dificuldades são diversas, tais como falta de patrocínios, tempo para treinos , lesões e outras coisas do dia-a-dia.
Jefferson: Como foi a trajetória de classificar-se para as finas no Kata por equipe? E algo mudou em termos profissionais em relação a remuneração ou patrocínio?
Equipe: Desde o último mundial já sabíamos que seria uma tarefa difícil, porem atingível, pois muitos “mestres” nos ajudam desde que formamos a equipe e fomos convocados para a Seleção Brasileira JKA, grandes nomes do karatê Brasileiro e mundial nos direcionam e lapidam nosso karatê para chegarmos ao topo, tais como: Sensei Sasaki (in memoriam), sensei Machida, Sensei Akio Serizawa , Sensei Hugo Arrigoni, Sensei Kazuo Nagamine, Sensei Gerson de Almeida, Sensei Ruy Koike e Sensei Wagner Pereira, dentre outros.
Fazemos parte da Seleção Brasileira principal há 5 anos e por isso temos o custeio das despesas pela JKABRASIL nas competições, porem não integralmente. Sabemos que ser atleta de um esporte amador no Brasil requer muito sacrifício e luta, no entanto as coisas estão melhorando aos poucos e com os esforços da nova diretoria da JKABRASIL, sob tutela do Dr. Roberto Tanaka, que é extremamente profissional e dedicado, temos plena certeza que o apoio aos atletas irá aumentar cada vez mais.
Jefferson: Há como separar o professor do atleta?
Rodrigo Alves Arita: Não tem como separar (pelo menos no meu ver). Karatê já faz parte da minha vida integralmente, acordo e vou dormir pensando em karatê . Creio q o grande desafio é alinhar as tarefas do dia a dia, pois quanto mais cuidamos das pessoas (alunos) menos tempo temos para se dedicar as questões de Competição. (Prof. Rodrigo Arita)
Jefferson: Qual a principal diferença do Karate JKA para o Karate como modalidade Olímpica?
Equipe: Karatê JKA não se trata de esporte ou modalidade, é karatê Budô, treinado para melhora do ser humano, deve ser encarado e visto como “arte”.
O karate competitivo assim como todos os outros esportes de Competição visa o JOGO. As regras são adaptadas para preservar a integridade física, o contato é moderado e busca-se sempre a performance.
A competição faz parte de um processo dentro da evolução do praticante, seja no karatê Budô ou no karatê esportivo. Porém como praticantes não podemos fazer comparações , tudo é questão de “escolha” de cada um.
Jefferson: Quais as metas para o próximo campeonato Mundial?
Equipe: Nossa meta é simples…Treinar e treinar.
Faremos alguns ajustes estratégicos com relação aos katas, que testaremos nos próximos Campeonatos Estaduais , Nacionais e o Panamericano JKA que será realizado no Perú em 2018.
Certamente daqui há 3 anos em Tóquio iremos
subir em um pódio no MUNDIAL.
Deixo aqui o agradecimento em especial aos Senseis pela entrevista e toda a receptividade ao abraçar nosso projeto, deixo aqui as portas abertas para novas pautas e participações em nosso Blog.
Jefferson Oliveira
Professor de Educação Física e estudante Karate-do Shotokan
OSU!
Imagem ilustrativa: Mundial JKA Irlanda 2017
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