sexta-feira, 27 de outubro de 2017

SENSEI PAULO BARTOLO REALIZA O DESAFIO DOS 100 KATAS



Hoje em nosso blog trazemos a participação dele o Sensei Paulo Bartolo 6º Dan pela CBK, e professor de Karate na academia resistência que fica na cidade de Santos/SP. Ele que é um grande escritor de livros e conteúdos destinados ao Karate.

Em minha conversa com o Sensei Bartolo, ele me contou sua experiência na realização do desafio dos 100 Katas no dia mundial do Karate que é comemorado no dia 25 de outubro de cada ano. Para concluir o desafio os 100 Katas devem ser realizados expcionalmente no dia do Karate.

Paulo Bartolo: "Recebi o convite para participar como academia desse desafio. Eu e mais 30 alunos honramos o convite e fizemos por 100 vezes o Kata Tekki Shodan, levamos em torno de 2 horas e 30 minutos para concluir o desafio. Em Okinawa o desafio começou no dia 24, ou seja, 12 horas antes para que houvesse uma sincronia com o resto do mundo. Participaram dojos de vários locais no mundo em torno de 142 países. Torço para que se torne uma tradição pois é uma forma de incentivar aos alunos á superação pelo desafio, já que o esforço físico é testado ao extremo."

Em conversa com o sensei foi possível perceber o quanto é importante se testar na superação de desafios. Gostaria de agradecer sua participação em nosso blog e principalmente pelo convite para participar do desafio no próximo ano.

Muito Obrigado Sensei

OSU!

Jefferson Oliveira
Professor de Educação Física e estudante de Karate-do estilo Shotokan

Imagem ilustrativa: Sensei Paulo Bartolo após a realização do desafio dos 100 Katas. 

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O VALOR REAL DAS CONQUISTAS. AMIZADE A MAIOR DE TODAS AS CONQUISTAS



Vivemos em uma época de muita competitividade, onde as pessoas vivem como em ritmo frenético e desenfreado sob a perspectiva de chegar primeiro, ser melhor, buscar o reconhecimento através títulos e vitórias.

"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los. Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro." DALAI LAMA

Esse pensamento nos conduz a refletir sobre o que realmente importa e principalmente o valor que as coisas tem. A complexidade da mente humana é como um labirinto sem fim, quando você acha que chegou no final do quebra-cabeça, você vê que a saída lhe mostra ainda mais conflitos e escolhas a frente.  Porque o ser humano é movido por desafios e cheio de porquês. Você houve a vida toda valorize os seus pais, amigos, professores e as pessoas queridas. 

Quem nunca ouviu: Esse é seu trabalho e isso tem um valor. A pergunta é tem valor para quem?

O valor quem dá é você, pois só você sabe o quão difícil é para possuir o que se ambiciona, e valor das longas horas que você levou para alcançar suas metas e absorver uma expertise.
Procurar sempre ser verdadeiro e justo é enxergar que tudo tem o seu valor, e que ao invés dos porquês, você assume o sim ou não para suas decisões. Você sempre terá poder em suas mãos de escolher ao invés de depreciar as coisas e principalmente as pessoas.

Você está disposto a perder horas de sono? Você está disposto a passar menos tempo com seus filhos? Você está disposto a investir recursos incondicionalmente? Você é capaz de ir além do cansaço físico? Você está disposto tentar de novo e de novo, e quantas vezes for necessário? 

O ser humano está condicionado ao próximo nível, ou seja, querer mais e mais. Ele busca sempre o próximo labirinto. 

As vezes a maior premiação vem de gestos tão singelos que nem sempre é preciso competir para ser premiado. Basta fazer tudo com amor e dedicação, sua recompensa vira de gestos mais singelos. Nem sempre você precisa competir para conquistar algo importante. Essa é a primeira medalha que ganhei sem ter nem ao menos competido, para mim isso não tem preço. 
E a lição que recebi nesse ato juntamente com o conhecimento absorvido do gesto é impagável. 

Devo agradecer a meus professores e companheiros pela grande demonstração de amizade e honrar sempre os ensinamentos recebidos. Obrigado por me acolherem e me proporcionar a cada sessão de treinamento a vivência e aprendizagem de um Karate-do solidário e cooperativo.

Obrigado a todos amigos que compõem o Barueri Esporte Forte.



Jefferson Oliveira
Professor de Educação Física e estudante de Karate-do estilo Shotokan

Imagem ilustrativa: Medalha 10º Festival Barueri de Karate 2017. Uma lembrança concedida a algumas pessoas após a realização do evento. 

****** FELIZ DIA DO KARATE-DO ******

terça-feira, 3 de outubro de 2017

A DIFERENÇA ENTRE TER A FAIXA-PRETA E SER UM FAIXA-PRETA


Olá Karatecas, com imenso orgulho hoje trago aqui no Blog, uma entrevista muito bacana com o Sensei Hélio Arakaki, 6º Dan pela CBK, delegado regional e representante da ISKF Brasil no estado do Mato Grosso do Sul, discípulo direto de um dos introdutores do Karate Shotokan no Brasil o mestre Juichi Sagara 9º Dan Karate Shotokan que faleceu no ano de 2001. 

Sensei Hélio Arakaki é o instrutor chefe do instituto Muryokan e faz um grande trabalho através de palestras e seminários sobre Karate-do. Ele que se formou sob os ensinamentos do mestre Sagara há 35 anos atrás.

Em nossa pauta hoje um assunto muito importante para que os Karatecas estudantes possam refletir no dia-a-dia, sendo um faixa-preta formado ou até mesmo um aspirante ao 1º Dan. 

O Sensei que gentilmente respondeu á 7 perguntas muito relevantes sobre esse tema que nos conduz a muitas reflexões sobre nosso comportamento antes, durante e depois de se formar faixa-preta.

A ideia foi procurar saber mais, sob a visão e conhecimento do Sensei Hélio Arakaki à saber:

Qual a diferença de ser um faixa-preta e ter a faixa-preta?

E fomos adiante como nossa entrevista...


Jefferson: Sensei em sua opinião quais as qualidades necessárias para tornar-se um faixa-preta?

Sensei Hélio Arakaki: Além de uma técnica correta, o seu caráter. E quando me refiro ao caráter, incluo as qualidades da autodisciplina, do respeito, da humildade e do autocontrole.


Jefferson: Quais os aspectos mais trabalhados no aprimoramento do caráter do aluno em sua escola?

Sensei Hélio Arakaki: Sigo a escola de Sensei Ginchin Funakoshi, tendo como ênfase o Karate como instrumento de formação de pessoas úteis à sociedade. Sensei Sagara, sempre orientava, a nós sensei, que formar lutadores não é o objetivo único de quem ensina, mas formar pessoas do bem. 


Jefferson: Quando o Sensei consegue saber o momento certo de incentivar o seu pupilo a testar-se em um exame de graduação superior?

Sensei Hélio Arakaki: O convívio me dá essa certeza. Sabendo que o aluno é comprometido, possuidor de um comportamento coerente, eu começo a prepará-lo para o exame. Isto não significa que vá realizar em breve. Aliás, essa é uma questão importante, perceber o grau de ansiedade do aluno em obter a faixa preta. Pois se está ansioso, significa que deve aprender a se controlar. Somente, então, estará apto para a graduação de faixa preta ou mudança de Dan. 

Jefferson: O que você vê como essencial para que um faixa-preta se torne um grande professor de Karate-do?

Sensei Hélio Arakaki: Praticar e estudar o Karate com o espírito de um iniciante. Um Sensei, não pode deixar de evoluir, seria um desrespeito para com alunos. Hoje eu disse aos alunos que para entender com profundidade o Karate, deve-se pratica-lo por mais umas “quatro vidas” e mesmo assim, não teremos entendido na sua totalidade. 


Jefferson: Em sua opinião um atleta multi-campeão pode ter os requisitos necessários para se tornar um bom professor? E a relação de atleta competitivo, pode de alguma forma afetar o lado do Budô?

Sensei Hélio Arakaki: Vejo com grande preocupação a prática apenas do Karate competitivo, onde se deixa de lado os fundamentos como o kihon e o kata, que são os alicerces que sustentam o Karate por toda uma vida. Eu tenho 55 anos, passei a maior parte do tempo praticando kihon, kata e os fundamentos do kumite e suas variações: sanbon kumite, ippon kumite, jyu ippon kumite. E graças a esses fundamentos que formam o que defino Karate de Raiz, que mantenho treinando, seja individualmente, seja com os alunos o kihon, kata e kumite. 
Quem pratica somente karate competitivo, não suporta um treinamento de kihon com fundamentos básicos. E fica uma pergunta: quando deixar de competir o que o indivíduo terá para treinar? Provavelmente, deixará de treinar. Pois viveu uma vida toda no Karate movido por resultados. Karate Budo, não visa resultados. É um modo de vida, onde a prática pela prática é a motivação que move o corpo e o espírito. 


Jefferson: E a pergunta que é mais aguardada para nós os estudantes. Qual a diferença entre ter faixa-preta e ser um faixa-preta?

Sensei Hélio Arakaki: Ser faixa preta é treinar com a empolgação de um iniciante sempre. Ter a faixa preta é ver os anos passar sem que se tenha treinado com assiduidade. 
Quando alguém se aproxima e diz: eu cheguei a faixa preta, silenciosamente, eu digo: se chegou e parou, não pode dizer que é faixa preta. 


Jefferson: Quais são os projetos para o futuro relacionados ao Karate-do?

Sensei Hélio Arakaki: Quero tornar acessível meus conhecimentos adquiridos ao longo dos anos como Sensei a muitos que estão dando aulas em locais longínquos para que possam ter recursos didáticos para poderem ensinar o Karate Do de forma mais elaborada e dentro de um parâmetro técnico, seria democratizar o conhecimento da Arte.


E chegamos ao fim dessa aula sobre Karate-do

Gostaria de agradecer imensamente a humildade e gentileza com que o Sensei Hélio Arakaki me atendeu e mostrou mais uma vez uma grande lição na pratica de que o Karate-do começa com a cordialidade. 
Sucesso Sensei!!!

Jefferson Oliveira 
Professor de Educação Física e estudante Karate-do Shotokan 
OSS! OSU! OSSU!




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